quinta-feira, 14 de abril de 2011





O monstro da noite


Aos poucos o mundo tinha a minha cara

Tudo em volta passou a adquirir pedaços do meu convívio.


Músicas espalhadas por outros quartos...

Filmes, imagens

Fotografias...

[Livros...]

Pedaços do meu corpo sendo diluído a cada essência.


Permuto pelas ruas

Sorrindo pelos bares e muitas vezes:

Puro teatro!


Ando... aperto mãos

Beijo rostos...

Digo que sim,

Para não transparecer uma aflição que não pertence á outros.


Adormeço na certeza de novos lares

Existindo num vazio dentro de mim,

Sendo a música que se deitou contigo.


Vivi sob constante pressão

Masquei chiclete, fumei cigarro

Caminhei aflito e sem rumo.


Ainda assim, revirei os cantos a procura de qualquer coisa

Coisas que aqueles lugares ofereciam e eu dizia sempre, sim.


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