quinta-feira, 18 de novembro de 2010




O dono da flor

Leve caminhar,

O de quem apenas segue

Do riso que deixas o passado das fotografias

Para um presente nostálgico

Como o mármore que mantém suas gravuras de dias solenes.


Aqueles velhos olhos descobriram uma possibilidade

Ser árvore apenas.

Florescer enquanto for feliz a primavera

E nas passagens dos finais de tarde...

Manter-se viva entre os quintais e o alvorecer.


Vejo o passado como a imagem de pássaros

Pássaros tardios do quase cinza céu

Desbravando com vôos planos

(O pleno) rotulo que ganha à forma de saudade.


Vejo o regresso nos seus olhos de hoje

Nos pequeninos olhos que serão só uma aparição

De um vulto no escuro á um pulo nos anos perdidos.