segunda-feira, 25 de abril de 2011


SERGE GAINSBOURG ''ZIG ZAG AVEC TOI'' 1975 (RARIDADE)



quinta-feira, 14 de abril de 2011


O amor:

Uma fonte abandonada num solo infértil.

A herança maldita pros insurgentes do porvir

Uma pele seca que abre as portas vez em quando Para o vento

Ou para uma chuva que não penetre o lençol.





O monstro da noite


Aos poucos o mundo tinha a minha cara

Tudo em volta passou a adquirir pedaços do meu convívio.


Músicas espalhadas por outros quartos...

Filmes, imagens

Fotografias...

[Livros...]

Pedaços do meu corpo sendo diluído a cada essência.


Permuto pelas ruas

Sorrindo pelos bares e muitas vezes:

Puro teatro!


Ando... aperto mãos

Beijo rostos...

Digo que sim,

Para não transparecer uma aflição que não pertence á outros.


Adormeço na certeza de novos lares

Existindo num vazio dentro de mim,

Sendo a música que se deitou contigo.


Vivi sob constante pressão

Masquei chiclete, fumei cigarro

Caminhei aflito e sem rumo.


Ainda assim, revirei os cantos a procura de qualquer coisa

Coisas que aqueles lugares ofereciam e eu dizia sempre, sim.


quarta-feira, 13 de abril de 2011



A ponte pro futuro


Algo em você me traz algo que perdi

E é cada vez mais forte a certeza de que existem fragmentos.


Volto no tempo alguns anos...

Regresso ao velho quarto, aos velhos amigos...

E me vejo sentado na minha cama.


Então, eu sinto a força dos incensos do teu quarto

O azul de uma tarde que morre todos os dias depois da partida do sol

Sinto o peso do tempo que devorou todos aqueles sorrisos,

Todos os lugares e pessoas que se embaraçam em novas pessoas.


Entrar num quarto e senti o cheiro do incenso...

É reviver sem a tua presença outras presenças que também são tuas.


Não é apego ao passado, estar... Lembrando de tudo que deixei

Eu não estagnei, eu sou só um mosquito que observa

Uma testemunha da maquina que se alimenta do tempo que se desloca

Eu não estagnei, eu só fechei os olhos e respirei fundo diante de tudo que tem me mantido vivo.