sexta-feira, 14 de agosto de 2009





Manhã de sol


Morrer aos poucos
Desprezar tudo que nos é oferecido
Pois nada disso é um recomeço
Nada será reconhecido.

Morrer sem medo
Das desesperanças retraídas
Das intolerâncias da vida
Da sua traição sempre rasa.

Morrer na praia,
Morrer de fome,
Morrer de tédio;
Chamando pelo interfone.

Manhã ou noite
Sorrindo ou não.
Parece que eu não sei quem é você
E do desprezo que nos é oferecido.

B. Muniz

quarta-feira, 5 de agosto de 2009




Lua clara


Talvez um dia te olhe com outros olhos

Com certeza isso acontecerá!!

Vou sentir saudade

Como sinto em tom baixo,

Quando a lua é alta

Ilumina aqui, o nosso aqui.

Talvez um dia você fique estranha

E eu não te reconheça dentro de você

Eu, já de antemão:

Deixei em ti o que causaste em mim

E sai sem bater a porta.

Pensei errado ao ver em ti, beleza

Beleza erótica existe, beleza padrão

Mas, beleza que embebede

Talvez não tenha suportado mais que algumas horas.

A paixão foi cruel

“amei” e muito, fiz o possível

Hoje, nada me modifica

E as mesmas noites

Pulam do passado pro futuro.