sábado, 31 de maio de 2014




Andar por andar

A sombra da cidade noite
Ruas molhadas com o refletir das poças.


O caminhante noturno,
De olhar vago,
Reflete.


Na ausência de um drink
Acende um cigarro,
Rua molhada
Todos os passos são cautelosos.


Em meio a um certo ar solitário
Algumas canções da Legião
Lembranças e cataclismo.


Andar, chegar onde não se sabe
Que seja um bar
Um trago e um gole
Medidas boemias enraizadas.


O caminhante noturno nunca sabe
Velho abraços, perfumes femininos
Crises existenciais,
Notívago tradutor dessa nostalgia veemente.

domingo, 4 de maio de 2014




 

 

Eta Carinae



As nuvens cobrem um pouco do céu
E as estrelas estão distantes, supernovas.

O olhar se resume em analise
Em tons escuros, de dias do futuro
Dias de sorrisos amarelos,
Fragmentos do acumulo vivido.

Do alto, a cidade tem um aspecto
De muros com musgos
De cansaço,
Cansaço por carregar um passado.

Vi atitude  extremas, transmutarem
Criando uma solidão menos palpável
Com uma policromia mais nítida.

A solidão é um tema antigo
O universo é um bobão!
Um misterioso indiferente,
Num mundo de caóticos e céticos:
Alguns tem uma intima relação com a dor.