O ressoar dos jardins suspensos
Utilizo-me do ultimo corpo, levo-me ao sal e a mão seleciono
as dosagens típicas.
Vivo a assistir o céu me enganando em seu giro, diários.
Calado estive a observar suas sombras, além-distantes.
O ultimo beijo nos lábios de vidro. Frágeis como o cristal
mais fino, cobertos por uma camada leve de Lápis lazúli.
Lá estávamos. Ela era sempre mais admirável ao sol, era uma
mulher fantasmagórica, feita de um nebuloso instável, que se podia ver o outro
lado, num observar sinistro do corpo de gás.
As noites de lua bebia o vinho que brotava em teu ventre; de
encontro à suposta terceira dimensão de Sirius.
O amor era involuntário.
A percussão e os antigos
violinos, a seda e o óleo de mirra...
Banhar-me... E unificai-vos os
vossos corpos pela eternidade das existências do porvir.