terça-feira, 12 de agosto de 2008






Carta ao poeta*



"preciso encontrar o medo para não ter medo de ter tristeza". Qual o mal que aflige o poeta e o menino (tão menino) bruno? Felicidade plena não há e o que nos enriquece é a dor, no entanto não estamos fadados do sofrimento. Chega de determinismos. Chega também de litertices poeta, tu não necessitas de ser um bicho esquisito para ser humanizado... sofremos nós em rios de sangue, porque somo 'todos', porque carregamos partículas dos outros em nós e isso é fascinante, portanto as ideias e sensações são universais.
Nada em verdade nos pertence...('nosso' corpo, 'nosso' rosto) tu não transforma a poesia em palavras, a poesia é que manifesta-se em ti deste modo. Tua parte feliz está em ti. Nunca nos outros, nunca em quem fala outras linguagens a não ser a dos teus olhos. quem sabe?
que o poeta viva amores reias (e nada de coisas subtendidas) seja simplesmente um homem.


adeus!

*não revelei a autoria desta carta por dar importância apenas ao seu conteúdo.

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