terça-feira, 1 de setembro de 2015

Um salve para o velho amigo

Encontrei nas lembranças, aquele velho amigo filósofo.
Sempre sorridente, quando recebia visita de garotas, abria um vinho e a conversa se estendia em meio aos pés de maconha pendurados em vasos.
Depois de bons copos e muitos tragos, todo tipo de teoria era válida, todos os malucos eram bem vindos ao recinto, correndo para o quarto ele sempre tinha um livro ou uma revista para introduzir conteúdo ao tema.
Depois que a segunda garrafa surgia, as portas eram fechadas para uma melhor absorção, ninguém entrava, ninguém saía.
Nos dias em que ele não estava bem, fazia sala por alguns minutos, não abria nehuma garrafa de vinho, apenas ia pro quarto ouvir jazz e nos deixava a vontade.
Eu sempre estive atento ao tempo, despedindo-me em silêncio dos presentes.

E assim deixamos para trás o ano de 2005.

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