O vazio te preenche e tu não o envolve num abraço e mesmo que tentes ele te desprezará.
cada amor que te lançou na lama, exibiu o teu coração em praça pública.
cada feto entrelaçado em cordas os mesmos que boiaram mortos nos canais da tua cidade, estão sorrindo no inferno que acorda com a remela dos teus olhos.
cada esquina onde os teus pés irão pisar trará a angustia do existir que te sufoca
e mesmo que tu o envolva num abraço a faca fria dos dias, fará real a visão do seu sangue coagulado no chão sujo.
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