quinta-feira, 12 de novembro de 2009





Uma estranha tristeza me pesa os ombros

A matinê passou para alguns amigos

Ficaram pra trás suas garotas,

Suas tardes, noites...

Aos poucos viram a vida pesar nos olhos já em cinza.


Nada trará o encanto de antes

Aos poucos a felicidade foi banida, ameaçada

E agora a tragédia é viva

Tem nome e ainda se apaixona.


Rego minhas flores mortas

Mas pelo mecanismo que pela fé

Se não o fizer o que farei?

Eu também morri, mas, foi aos poucos.


Vivo triste num canto do mundo

Minhas lágrimas secaram, transformaram-se em pedra.

Eu queria ser uma pedra!

Que a onda bate e leva fragmentos.


Essa idéia de existir me assusta

Estou morto e continuo vivo

Quando quero estar vivo visualizo a morte

E uma estranha tristeza me pesa os ombros.

Um comentário:

Edu Alves disse...

pois é... eu te vi guri e já passava por essas coisas todas, esse "spleen" que essacidade nos deixa de herança... hoje, revoluções tecnológicas à parte, os sentimentos são os mesmos. bem vindo à barbárie!