O monstro da noite
Aos poucos o mundo tinha a minha cara
Tudo em volta passou a adquirir pedaços do meu convívio.
Músicas espalhadas por outros quartos...
Filmes, imagens
Fotografias...
[Livros...]
Pedaços do meu corpo sendo diluído a cada essência.
Permuto pelas ruas
Sorrindo pelos bares e muitas vezes:
Puro teatro!
Ando... aperto mãos
Beijo rostos...
Digo que sim,
Para não transparecer uma aflição que não pertence á outros.
Adormeço na certeza de novos lares
Existindo num vazio dentro de mim,
Sendo a música que se deitou contigo.
Vivi sob constante pressão
Masquei chiclete, fumei cigarro
Caminhei aflito e sem rumo.
Ainda assim, revirei os cantos a procura de qualquer coisa
Coisas que aqueles lugares ofereciam e eu dizia sempre, sim.
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