sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
12 anos
(não há mais flores no meu quintal)
Lembro de tantas noites de êxtase no corpo
O frescor da brisa noturna que trazia consigo a liberdade dentro dos limites.
Era como começar a andar
Era um andar como quem começa a ver
E o começar a ver vinha crispado no sentir.
E então estávamos juntos, Outros eram evitados.
Nossos longos papos antes do beijo...
O local deserto desarticulava a união por um pequeno instante.
Meu pai me alertava ao suposto flerte Sem saber os dois
Que ela já morava em mim.
Ela ainda mora.
O que hoje são lembranças, Foram antes olhar em silencio a observar o silencioso tempo
Não há mais flores no meu quintal
São apenas espinhos de ônix, sedentos
Que choram comigo. Bebem o meu sangue em troca das lembranças das flores mortas.
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