Uma estranha tristeza me pesa os ombros
A matinê passou para alguns amigos
Ficaram pra trás suas garotas,
Suas tardes, noites...
Aos poucos viram a vida pesar nos olhos já em cinza.
Nada trará o encanto de antes
Aos poucos a felicidade foi banida, ameaçada
E agora a tragédia é viva
Tem nome e ainda se apaixona.
Rego minhas flores mortas
Mas pelo mecanismo que pela fé
Se não o fizer o que farei?
Eu também morri, mas, foi aos poucos.
Vivo triste num canto do mundo
Minhas lágrimas secaram, transformaram-se em pedra.
Eu queria ser uma pedra!
Que a onda bate e leva fragmentos.
Essa idéia de existir me assusta
Estou morto e continuo vivo
Quando quero estar vivo visualizo a morte
E uma estranha tristeza me pesa os ombros.
Um comentário:
pois é... eu te vi guri e já passava por essas coisas todas, esse "spleen" que essacidade nos deixa de herança... hoje, revoluções tecnológicas à parte, os sentimentos são os mesmos. bem vindo à barbárie!
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