Velhos tempos, belos dias...
sexta-feira, 25 de março de 2011
segunda-feira, 14 de março de 2011
*NOSSAS VIDAS
De onde viemos, deixamos de ser parte de uma mãe para sermos ‘’um’’.
Passando: É o que todos fazem. Seja feio ou bonito, rico... Pobre... Todos exageradamente adaptados á vida do ‘’quem é quem’’.
(Fase de deslocamento de origem)
Ao chegar ao fim, é de impressionar a solidão do ser individual, como se a realidade do corpo e da vida na terra seja ainda, muito pouco.
Se morremos: É sinal de que cada momento deva ser ‘’desprezado’’ em magnitude do que o porvir oculta.
Quando se analisa o passado de quem morreu estando vivo, a única fragilidade que nos une a ele são nossas lembranças. Lembranças que talvez também morram um dia, por que o cérebro é algo perecível e não suporta o peso dos dias, trabalha com escombros de imagens que se misturam e se auto-deletam.
*leia ''Cidadezinha qualquer'' de Carlos Drummond de Andrade
terça-feira, 1 de março de 2011
PSICÓTICO
A paixão perdeu o freio:
Sim, obsessão e descontrole sendo diluído á bebida.
–ela bebeu!
- está começando a se soltar... Levemente a cabeça se reclina.
-vou esperar até que ela vá ao banheiro para observar o efeito...
(ELA SE LEVANTA)
Acompanho seus passos em silencio, abro a porta e ela entra no banheiro... A minha presença não incomoda seus olhos entorpecidos, ela fica nua e senta no vaso buscando apoio. Quando se levanta deixa a mostra seus pêlos lisos. Antes dela colocar o vestido, saio e levo comigo a calcinha.
(DE VOLTA A SALA)
Já deitada, me convida em silencio ao prazer provocado pelo uso de medicamentos para sonhos fantasiosos, me aproximo devagar subindo a mão pela coxa... O único som que escuto, alem de Vivaldi, é o som dos gemidos que emergem lentamente de dentro pra fora.
(MINUTOS ANTES DO MEDICAMENTO)
A espera é angustiante, vou injetar pela rolha um pouco de cetamina e para mim um êxtase... Não, acho melhor a metade.
(DE VOLTA A SALA)
Ah, maravilhosa droga! Agora sim escuto o som de deus, o vibrato do sexo.
Seu corpo está frio como a tempestade que se aproxima, venham cantar, anjos do escuro!
Parem com o lamento e venham dividir comigo esta maça cheia de bichos. Ela tem a maravilhosa droga, ela tem a aurora boreal.
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