quarta-feira, 30 de março de 2016

Rima
Capim limão, tanto verde que me habita
Sais de banho, alfazema de flores roxas
Reza a lenda, de que o amor se conquista
Da sua presença, leva o riso que me afrouxas.

quarta-feira, 16 de março de 2016

Pequena pauta


Aprendi com o oculto, que teoria e prática devem seguir na corda bamba, em equilibrium.
O homem precisa de espaço, ele habita o nada, faz parte de coisa alguma; entorpecido pela limitação, no invólucro da manta sobre os olhos, lentamente desata. Desata uma visão silenciosa.

É natural sofrer. É natural temer os dias. Com a carga diária e revelações e entendimento diante das pessoas que se encontram vagando com a visão que se assemelha á uma fresta.

Fácil, certamente não é, nem será. Porque, o fácil e o certamente dependerão daquilo que o fez.

Conviver entre os irmãos tem sido cansativo, tenho uma atenção especial voltada para as minhas falhas de trajeto, e percebo que alguns não se encontram na mesma linha de raciocínio, encontrei no tempo uma resposta intuitiva de que a solidão trará bons frutos.

O silêncio ameniza o grito intimo. O olhar vago, o riso leve, a nostalgia, são sinais do tempo e de resposta, houve uma viagem, houveram temspestades, todavia, a sensação expansiva de felicidade, brotam de forma discreta em campo seguro, longe dos olhos e do maquinário frio que não há de tingir a minha face.


Em quantos momentos nos deparamos com situações novas, em que apenas olhamos em volta. Isso é o tempo agindo e esse agir deve ser expansivo, se houver medo, certamante o funcionamento não se torna objetivo e o músculo se contrairá no stress.

A velhice, o final da vida, é uma apresentação explicita para a reflexão existencial, e também, para que possamos dar inicio, talvez um puco tardio, ao laço ilusório dos anos, afastando-se sem uma apreensão humana de desespero.

Do ativo ao lento, com a face voltada para a luz que não se apaga, seguiremos em dias difíceis, viajantes do tempo, pequenos e desesperados.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Puto
Respiro como um cavalo afoito

Estremeço, endureço o falo.

Subo seu vestido, olho sua bunda
A calcinha dentro, a mão desesperada a 

passear na pele.

Quero seu peito na minha boca,
Lentamente por os dedos pelo lado da 

calcinha.


Me entorpeço com o cheiro da sua boceta


Esfrego o rosto, ocupo toda a boca no vácuo 


onde só a língua tem livre trânsito.

Gosto do seu rosto, de beijar sua boca 

depois 


que você me chupa,

Depois que eu te chupo.
Olho o pau entrando e saindo, você gemendo,
É inevitável não bater nesse rosto corado.
Meu instinto se perde
Pra me encontrar, te mordo, roço a barba

Te exponho em silêncio, de quatr


Enfio loucamente, contendo o gozo, E no


entregar das caricias da sua entranha, 


encharco num esporro o veludo de vênus.

terça-feira, 10 de novembro de 2015







Partir participante
Sempre que alguém parte

Sinto quem somos e o que sou
Sempre que alguém parte

Leva o meu pedaço e eu parto.
O mundo solitário de quem almeja as estrelas 

diariamente
De quem parte, fica o abraço
Pra quem volta, o meu partido existencialismo
Sufocado, agradece.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

De dentro da cueca

Por escolha própria
Conduziu-se ao labirinto das ilusões.

A saída desse labirinto levaria para as asas da mais linda trepadeira
Porém, o cipestre ao beijar o céu
Desfragmentou o mel mais doce
E ao acariciar a pele
Trouxe o torpe.

Hoje, o disco é o transa, da predileção presente em tua discoteca básica
Do meu coração,
Todo o amor para quem não encontrou a saída.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

A barba

Vejo aviões que fazem parte do cotidiano dessa janela
Perdido, ganhei barba e a fé desaba em todas as direções.


A solidão vai ser a minha única força
O trampolin para ficar louco de vez.

Louco no campo, no verde, longe da cidade
Onde cada final de tarde, antes da morte chegar
Estarei com a barba cada vez maior.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Um salve para o velho amigo

Encontrei nas lembranças, aquele velho amigo filósofo.
Sempre sorridente, quando recebia visita de garotas, abria um vinho e a conversa se estendia em meio aos pés de maconha pendurados em vasos.
Depois de bons copos e muitos tragos, todo tipo de teoria era válida, todos os malucos eram bem vindos ao recinto, correndo para o quarto ele sempre tinha um livro ou uma revista para introduzir conteúdo ao tema.
Depois que a segunda garrafa surgia, as portas eram fechadas para uma melhor absorção, ninguém entrava, ninguém saía.
Nos dias em que ele não estava bem, fazia sala por alguns minutos, não abria nehuma garrafa de vinho, apenas ia pro quarto ouvir jazz e nos deixava a vontade.
Eu sempre estive atento ao tempo, despedindo-me em silêncio dos presentes.

E assim deixamos para trás o ano de 2005.

quarta-feira, 30 de julho de 2014




Adormecido

Manifestação extra-sensorial
Astral, vibração e velas em volta.

Queima o corpo na recente aparição
O deus sem volta ainda rege.

Fenômenos telepáticos
Vertigens, precognição.

A era inflexível dos descontentes
Sorriso amargo, volta e meia bombardeado por Incubus.

Mas, se retém todo o calor em sua pele
Dai-me esta pretensa manifestação
Vórtice que alimenta
Violentando os olhos e os olhares torpes.

segunda-feira, 7 de julho de 2014






Last

750 mg poderiam te fazer dormir
Seriam 15 comprimidos mágicos.

Seria o sono sem volta
A ultima vez vez em que se fecha a porta
Em que se olha o céu
Seria o sono sem volta.

A ultima play list
O ultimo trago
O ultimo gole de café antes que esfrie.

Tive vários sonhos em dias de delírio
Acordado, constatei que o sonho era vida
E a vida era uma mentira
Dessas que misturamos na panela da ilusão.

Estou a voltar para o sonho
Deixei algumas pessoas numa festa
Mas agora preciso ir.

Quando meu corpo tocar o chão
E for coberto pela terra
Acredite, aquele não será mais nada
Estarei de volta em algum lugar dos sonhos.

terça-feira, 1 de julho de 2014








Metade


Por onde anda a tal faísca
Que faria o fogo dentro da noite escura?

Por quanto tempo terá vida esta agonia?
Quando se ama na distância, a luz se apaga e alguém permanece em cena

 criando um modus operandi para abraços antigos.

E lá se vai o dia..
E eu cada vez mais próximo de mim,
Longe de você.

Faz frio na cidade
Procuro voltar ao seu quarto,
Retorno, mas não vejo aqueles poemas que eu observava em silêncio.

Não sinto o cheiro do incenso
Não sinto o aroma das ervas
Não sei quem sou
Por onde você anda?

A vida é um eterno despedir-se
Uma eterna mudança e andança
E a altivez da necessidade de ver-te,
De conduzir alguma sensação que fosse como antes.

Você se foi
E metade de mim se perdeu
E eu me transformei em outros
E fiquei assim, Essa metade do muito que você levou.

sábado, 31 de maio de 2014




Andar por andar

A sombra da cidade noite
Ruas molhadas com o refletir das poças.


O caminhante noturno,
De olhar vago,
Reflete.


Na ausência de um drink
Acende um cigarro,
Rua molhada
Todos os passos são cautelosos.


Em meio a um certo ar solitário
Algumas canções da Legião
Lembranças e cataclismo.


Andar, chegar onde não se sabe
Que seja um bar
Um trago e um gole
Medidas boemias enraizadas.


O caminhante noturno nunca sabe
Velho abraços, perfumes femininos
Crises existenciais,
Notívago tradutor dessa nostalgia veemente.

domingo, 4 de maio de 2014




 

 

Eta Carinae



As nuvens cobrem um pouco do céu
E as estrelas estão distantes, supernovas.

O olhar se resume em analise
Em tons escuros, de dias do futuro
Dias de sorrisos amarelos,
Fragmentos do acumulo vivido.

Do alto, a cidade tem um aspecto
De muros com musgos
De cansaço,
Cansaço por carregar um passado.

Vi atitude  extremas, transmutarem
Criando uma solidão menos palpável
Com uma policromia mais nítida.

A solidão é um tema antigo
O universo é um bobão!
Um misterioso indiferente,
Num mundo de caóticos e céticos:
Alguns tem uma intima relação com a dor.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014





Indeciso

 Gosto de você 
 Mas não exatamente... A ponto de... 
Talvez sim, se... 

Mas então, 
Foi inevitável transbordarmos 
Dentro do cansaço que o 'estar' nos causa. 

 Indeciso, eu penso 
 Pego o telefone e... 
Não sei! Será que devo? 
(Duvida..) 
Gosto de você Mas não exatamente a ponto de...

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014


''Acordei superficial,
as nuvens não não esconderam a indiferença.

Acordei artificial,
E você não deu sinal, nem eu.''

sexta-feira, 26 de julho de 2013







Essa insatisfação veio,
me levou o sono
e a chuva concretiza o lugar que estou.

Imagino a alegria das salas e das famílias
tantas crianças felizes e outras tão tristes...

E o mundo agora é outro
E a criança que fui, morreu.

Não maldigo a vida
porque seus pássaros são belos,
o voo que admiro em terra firme..
e percebo que meus olhos conseguem voar mais alto que eles.

Não precisarei voar de um prédio frio
talvez num devaneio,
onde eu também possa estar sem roupas
caminhado calado,
sem respostas.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

 
 
 
 
 
 
O corpo mecânico

Soaria de forma linda
o estampido a despedaçar o crânio.

Mas sem a culpa
e sem a dor de possuir a dor.

''Com que direito o homem interrompe a vida?''
''Isso é um crime!''

Basta dessa farsa,
do caminhar decadente da sobrevivência carnal forçada.

Queria atirar na minha cabeça
Ser o algoz da culpa.

A culpa é a dor que a gente sente
A dor é a pior e mais sádica tortura.

domingo, 16 de junho de 2013




Solidão maconheira

Solidão é assim..
Fuma maconha,
ouve um som e pensa em mim.

Não?
Mas a minha é tua
o meu café é nosso,
você faz parte de um belo fracasso.

Solidão é noturna
o cigarro é protagonista.

Vem cá medir a consequência
diagnosticar a violência deste fato.

quarta-feira, 29 de maio de 2013






Sorria para o nu


As pessoas estão sorrindo em sua direção
mas você não entende, pois não parece ser pra você.

pra quem você está sorrindo?
Se diante do corpo nu
somente nu, de nada te serve?

Sim, elas são tão educadas
e eu sei o motivo, mas preciso guarda-lo comigo.

Cada sorriso que flagro
me deixa triste.

Diante da necessidade de vida,
de verdade...
Me deparo com sorrisos.

Eles me parecem tão reais..
mas diante de um corpo nu
são cruéis e indiferentes.

Foi assim que entendi a maioria dos sorrisos
observando qual a verdadeira direção que eles tomam
existe o sorriso preso e materialista
e existe o sorriso do louco:
Aquele sem rumo, que nasce puro e morre só.

quinta-feira, 9 de maio de 2013



  




Poema para depiladas.


E o campo verde
    Que me pareceu pelugem

          Era vertigem
                 liso feito mármore.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

 
Saudades sexuais
e o clichê
do macho que te ama

penetrando-a.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012






Depois de sodomizar a mulher amada
O macho alpha aprecia uvas roxas embebidas em mel.
Nu, expõe seu falo adormecido,
Embebido no pólen da buceta já exausta.

Ao vento,
O Desbunde ébrio do santo rabo escorrendo gozo, Visualiza
 O então saciado.

terça-feira, 13 de novembro de 2012



O passado irá te visitar
Ele trará velhas lembranças
De coisas quase mortas na existência.

Estradas e finais de tarde,
Noites de lua e mar...
O passado traz até o gosto fosco,
Desalinhado e desnudo
Das manhãs.

Talvez num momento reflexivo
De volta habitarás um dia que se foi
Teremos juntos a mesma lembrança
Do gosto fosco
Desalinhado e desnudo.